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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Levantamento Etnoambiental da TI Pirahã

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Desde o final do mês de setembro a CR Madeira, em cooperação com docentes da UFAM-Campus Madeira, está sendo realizado o Levantamento Etnoambiental da Terra Indígena Pirahã. O projeto coordenador pelo geógrafo Sandoval Amparo, que é também Chefe Substituto do Serviço de Monitoramento Ambiental e Territorial.

A ideia é a realização de atividades sistemáticas em campo, que incluem levantamento sobre a produção de lixo, condições de saneamento e qualidade da água, levantamento de fauna, flora e a produção de uma “cartografia social” dos Pirahã. Cada uma dessas atividades está sendo coordenada por um docente da área específica: o Prof. Aldecy Almeida, do curso de Engenharia Ambiental.

Já o antropólogo Jordeanes Araujo, professor dos cursos de Letras e Pedagogia e pesquisador associado do Projeto “Novas cartografias sociais do Amazonas” está produzindo mapas etno-geográficos, os quais permitirão conhecimento dos locais mais importantes da terrorialidade destes indígenas.

A servidora Karla Lima Pereira, Chefe do Serviço de Promoção aos Direitos Sociais, foi integrada ao projeto está realizando o levantamento da situação documental dos indígenas, que é bastante precária.

Os Pirahã possuem uma situação muito peculiar. Com uma população de cerca de 300 indígenas, são naturais do rio Maicy, de onde nunca saíram, conforme pesquisas realizadas na década de 1980 pelo antropólogo Marco Antônio Gonçalves, atualmente professor da Pós-Graduação em Antropologia e Sociologia Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ.

A língua indígena é uma incógnita, falada exclusivamente por eles próprios, foi estudada pelo linguista norte-americano Daniel Everet, que apontou seu caráter peculiar, com uma estrutura fonética jamais verificada em outros estudos linguísticos.

A Terra Indígena Pirahã estende-se por praticamente toda a nascente do rio Maicy (a nascente localiza-se na FLONA de Humaitá, sob gestão do ICM-Bio). Possui cerca de 350 mil hectares. As maiores pressões exercidas sobre os Pirahã são o tráfego intenso de veículos na rodovia BR-230 (Transamazônica), ao sul; e a entrada de regatões, ao norte, pelo rio Marmelos.

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